(Rubem Alves)
Palavra
Alegoria de sentimentos
Vazio nas abas
Palavra
Lavoura da alma
Palavras
Achados e perdidos
Na casa
Palavra
Tua mania que eu amava.
Tua sabedoria que eu gostava.
Tua melancolia que me defrontava.
Palavra
Teu cuidado sem calma.
Tua ambulância de cargas.
[...]
Tua saliência da alma.
Palavra
Corpo que desalinhava.
Alma.
Silenciar dores é comungar com o passado,
Viver o presente
E
Vislumbrar no futuro tua chegada.
Palavras...
Sorrindo com a alma.
Cecília Tavares
13h29min
19/10/2009

2 comentários:
"Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Sois de vento, ides no vento,
no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma!
Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota…
A liberdade das almas,
ai, com letras se elabora…
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios,povos,tempos,
pelo vosso impulso rodam…"
foi inevitável não lembrar desse poema da Cecília e há pouco tempo li um livro de Rubem Alves, gostei falei dela em algum lugar do blog. Ele diz grandes cosas com palavras suaves.
gostei do blog
Cia amei o texto, saudades de tu :*
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