quarta-feira, 9 de setembro de 2009


Apontando armas ao ego.
Gosto de você por fazer da noite, dia.
Das árvores, florestas.
Dos lares, vilas inteiras.
Gosto quando me olha, gosto mais quando me tocas.
Gosto de você por motivos vários,
Mas gosto ainda mais do seu combustível falho.
Essa sua mania de querer tão-somente a mim, agonia.
Mas sabes o quanto é válido.
Sou de muitas, bobas, brancas, negras, pardas.
E você?
Preferes ser um ser projetado no outro?
Como isso é falho...
Não sei por quê?
Porque a dor não tem carta de aviso prévio,
O amor não vem com tarja preto ou dizendo se é genérico,
As contas vencem do teu cartão de crédito,
Você conjuga o verbo amar no futuro e no pretérito,
Quem te disse que o verbo é invariável com o meio-termo presente? Boba! Tola!
E eu? Descrente.
É?
Então deixa eu te dizer o que não sentis.
Carta já tem aos montes, não preciso de mais.
Genérico ou tarja preta... Ah!Tanto faz...
As fórmulas nunca são as mesmas...
Conjugação é com você...
Não lembro mais nem o que são radicais.
Autora: Cecília Tavares.

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